quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O novo IP7

No seu projecto original, o Eixo Norte-Sul pretendia funcionar como a ligação entre as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril.
A obra realizada ficou-se contudo pelo troço Ponte 25 de Abril/Avenida Padre Cruz, causando inúmeros problemas de fluidez do trânsito nos acessos aos concelhos de Loures e Odivelas.
No entanto, a solução desse problema foi definitivamente encontrada e tem o nome de Omeprazol, perdão, IP7.
Actualmente encontra-se concluído o troço CRIL/Ameixoeira.
Essa nova acessibilidade a Camarate e a toda a zona oriental irá criar uma verdadeira alternativa às saturadas vias de ligação entre Camarate e Lisboa.
A conclusão do último troço do Eixo Norte-Sul é uma obra fundamental não só para descongestionar o trânsito na zona do Lumiar e sua área envolvente mas também em termos de acessibilidades e desenvolvimento da cidade.
Atrasada mais de uma década, parece que é hoje uma realidade.

O consórcio que integra a Lena Construções e a MSF obteve a adjudicação da empreitada de construção do viaduto do Eixo Norte/Sul sobre a Avenida Padre Cruz e a zona do Lumiar/Alameda das Linhas de Torres.

O viaduto tem a extensão de 773 metros de comprimento e 32,4 de largura, com três faixas de rodagem em cada via e separador central, uma pequena maravilha para eu andar no prego como foi o caso destes dois dias. Logo na inauguração dei os meus doidos 140km/h. Até aqui tudo normal, mas se eu disser que ia a filmar o troço já não dizem nada.

A conclusão do Eixo Norte-Sul, uma via fundamental em termos de acessibilidades e desenvolvimento da cidade, mas também ao nível das suas características ambientais e de recuperação de uma zona extremamente degradada dos concelhos de Lisboa e de Loures está orçada em cerca de 46,5 milhões de euros e está dividida em dois sublanços: um diz respeito ao viaduto sobre a Avenida Padre Cruz, e o outro que faz a ligação do viaduto ao nó de ligação com a CRIL, actualmente em fase de conclusão e construído pelo consórcio Zagope/Construtora do Tâmega.
A construção de trecho viário com 3.700 metros de extensão com 2 faixas de rodagem com 3 vias cada, incluindo a execução de 4 viadutos, 8 passagens superiores, 3 passagens inferiores, 1 túnel e 4 nós de ligação desnivelados, uma pequena maravilha da engenharia civil.
O Eixo Norte-Sul tem uma comparticipação estatal de apenas 15%, sendo os restantes provenientes do orçamento comunitário.

No âmbito dos benefícios para os cidadãos, a conclusão do Eixo Norte-Sul e do Viaduto sobre a Avenida Padre Cruz, significará:
·Uma alternativa à 2ª Circular para ligação entre a A1 em Sacavém e a A2 na Ponte 25 de Abril;
·Na entrada de Lisboa, será uma alternativa à Calçada de Carriche e à Avenida Padre Cruz, uma vez que o tráfego proveniente da A8 (Loures, Torres Vedras, etc.) poderá utilizar o Eixo Norte-Sul através do nó de Frielas do IC17/CRIL;
·Na saída de Lisboa, este troço permitirá criar uma alternativa à Calçada de Carriche para o tráfego com destino a Odivelas e à A8.
Contudo, estes importantes e inegáveis benefícios têm também eles um reverso da medalha: o impacto agressivo e ambientalmente negativo que a implantação de uma obra como esta sempre acarreta consigo.
Mais, o viaduto sobre a Avenida Padre Cruz ficará colado a prédios construídos há muitos anos, mas também a alguns que ainda nem sequer foram acabados de construir.
Para tentar minimizar o mais possível esses efeitos negativos foi efectuado um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da responsabilidade do Instituto do Ambiente. Também a Assembleia de Freguesia do Lumiar em 02.07.2004 aprovou, por unanimidade, uma Recomendação propondo medidas de alteração e complementarização ao EIA, cujas conclusões esperemos que venham a ser tidas em conta na construção da obra, nomeadamente do viaduto.
As obras referidas já estão concluidas. No entanto, entre a Alameda das Linhas de Torres e a Azinhaga da Cidade, ainda houve muita merdinha que teve de ir a baixo (somente não foi demolido o edifício sede da Junta de Freguesia do Lumiar) em resultado de falta de acordo quanto às indemnizações entre proprietários/inquilinos e Câmara Municipal de Lisboa.


Para mais informações consultem o PDF. Achei que podia ser interessante.
http://www.dgtt.pt/mt2000/textob1.pdf

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